quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Escalada Indoor

A atividade indoor foi feita para suprir as necessidades esportivas dos escaladores nos dias de chuva ou quando não era possível ir até as montanhas. Então a montanha veio até Maomé.
Na Bahia introduzimos a escalada indoor no intuito de divulgar e promover o esporte como atividade que possui cultura própria e critérios específicos. Fizemos assim e fomos felizes. Nossos clientes ficaram satisfeitos e nossas atividades se mostraram sustentáveis.
Trouxemos o esporte para a Bahia, associando-o a atividades de lazer e entretenimento mas sem abrir mão da cultura esportiva e da segurança. Mas o mercado não soube se comportar assim.
Durante algum tempo essa atividade foi banalizada em Salvador, assistimos a montagem de circuitos em shoppings e academias sem o mínimo critério esportivo e desrespeitando a lógica da atividade. O resultado foi o fracasso, inevitável, pois tratavam -se apenas de peças montadas sem a preocupação com o praticante, aquele que dá vida ao equipamento.
Até pouco tempo era possível ver em diversos locais da cidade as inúmeras "paredes " de escalada apodrecendo ao ar livre, depreciando abandonadas.
O mercado de aventura em Salvador desmoronou com as tolas tentativas de implantação de circuitos sem vida onde faltam profissioanais qualificados e a falta de seriedade transformarou um mercado que poderia ter sido brilhante e produtivo para todos, um fiasco para os maus empresários de aventuras do estado.
Fico feliz de não ter participado daquela falsa corrida do ouro, de não ter cedido as pressões do mercado.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Site Ibahia 2

Compreenda esse esporte!
Humberto Filho - instrutor

http://ibahia.globo.com/irado

Publicado em 19/01/2001

Descer canions transpondo seus obstáculos e realizando inúmeras técnicas através dos percursos aquáticos ou pelos seus desfiladeiros, adentrando num mundo quase subterrâneo, cheio de surpresas e encantos, isso é canionismo, um dos mais emocionantes esportes da atualidade.
O Canionismo baiano experimenta uma ótima fase, devido a descoberta de novos canions no sul da Chapada e na região de Jacobina. Muitos canions estão fincados em lugares remotos, longe da atividade turística e alguns rios explorados não possuem nem os nomes nas cartas topográficas.

Nacionalmente, com toda a evolução que se deu nos últimos anos, inclusive com a criação da Associação Brasileira de Canionismo e da formação de instrutores e monitores brasileiros pelas Escolas francesas e italianas, muitos praticantes de diversas modalidades ainda não sabem o que realmente significa esse esporte tão rico e cheio de emoções.

A descida de canions pelos seus rios, às vezes turbulentos, quase sempre sombrios e cheios de obstáculos, por vezes intransponíveis a primeira vista, fazem da atividade esportiva, uma aventura com toques imprevisíveis de ação, decisão e muita adrenalina. Entrar em um canion pela primeira vez, é uma sensação mista de excitação, deslumbramento e expectativa do desbravamento de ambientes praticamente intocados pelo homem. Um canion é sempre um canion, descê-lo é saber interagir com a natureza e usufruir das maravilhas que existem nesses ambientes de beleza singular.

Para ser canionista, não basta ter domínio das diversas técnicas necessárias, não basta saber orientação, conhecer a hidrologia do canion, ser bom em técnicas verticais ou ter um bom condicionamento físico, é preciso amar a natureza e estar presente sempre como parte integrante e não apenas como usuário, é preciso ter espírito de preservação e um profundo respeito pelo meio ambiente.

O que encontramos em um canions?

Além da flora e fauna específica de rios fincados em meio aos grandes penhascos, a morfologia dos canions é bastante diversa. A força das águas impõem a sua passagem pelas paredes rochosas abrindo caminhos e criando todo o cenário propicio para o deslocamento de atletas do canionismo.

Dentro desses rios imprensados em gargantas, utilizamos diversas técnicas de acordo com a situação imposta pelo canion, somos obrigados (com prazer, é claro!) a realizar travessias a nado, percorrer trechos de corredeiras, se deixando levar como se fossemos o nosso próprio bote, transpor os verticais através de técnicas de rapel, saltar pequenas cascatas ou se deliciar em tobogans naturais. Mas, não é só isso, dentre as inúmeras técnicas que utilizamos para o canionismo, é importante o conhecimento dos aspectos meteorológicos no dia da atividade, sobre o comportamento dos rios em casos de chuvas, para não correr o risco de uma inundação repentina e dominar uma série de outras técnicas importantes para o bom andamento das atividades como: socorros, orientação, escalada, progressão em águas brancas(corredeiras) dentre outras.


Como praticar?

Para se iniciar no canionismo, qualquer pessoa que possua uma boa saúde física e mental, pode praticar um dos diversos cursos existentes pelo Brasil e experimentar as maravilhas que o esporte oferece. Saúde, paz e um excelente estado de bem estar, são alguns dos benefícios que o canionismo oferece.

Através dos cursos de canionismo, o iniciante poderá participar de uma equipe onde cada um terá seu importante papel durante a atividade, o canionismo é um esporte de grupo e cada saída para um canion é uma aventura nova, rica em diversão, treinamento técnico e momentos de puro prazer em contato com a natureza.

É preciso ter cuidado com os inúmeros cursos que anunciam a prática de canionismo, mas se resumem apenas no Cascading, que na verdade é a descida de cachoeiras utilizando cordas (rapel). Outra preocupação que o iniciante deve ter, é quanto ao currículo dos instrutores, é preciso saber a experiência e comprovar a idoneidade do curso oferecido, a atividade ainda não está regulamentada e muitos 'aventureiros' vendem cursos sem ao menos estarem aptos para se guiarem nos canions. Trata-se de um ambiente que deve ser respeitado pela sua grandiosidade e riscos que envolvem. Toda atividade radical envolve riscos que devem ser minimizados pela utilização de técnicas e equipamentos adequados, além da experiência dos guias e instrutores.

Praticar canionismo é muito divertido e provoca excelentes resultados no dia-a-dia do esportista, desde que sejam respeitados esses cuidados. Responsabilidade, profissionalismo e respeito a natureza, são fatores essenciais para a evolução do esporte. O curso básico de canionismo normalmente é realizado em 4 dias com 6 horas de teoria em sala e 16 horas de prática, isso sem falar do acompanhamento depois da fase inicial, onde o novo canionista realizará saídas monitoradas e dará continuidade aos ensinamentos da atividade.

Para evoluir mais no esporte, o praticante já iniciado poderá fazer um curso de aperfeiçoamento e aprender técnicas mais avançadas. Para a formação de instrutores e monitores, o Brasil ainda não possui cursos específicos regulamentados. Aos novos canionistas, radicalizem nas descidas de canions e que boas águas nos guiem,


Escolas de canionismo

Bahia- Bahiaventura- 71 33634975 bahiaventura@terra.com.br
www.bahiaventura.tur.br

Brasília- Álvaro Barros- alvarobarros@uol.com.br

Goiás- Travessia Ecoturismo 61 646 1595 travessia@travessia.tur.br

São Paulo- H2omem- h2omem@uol.com.br

Site Ibahia 1


Canionismo para os radicais!
Paulo Fortes

matéria publicada no site Ibahia(trechos em azul foram atualizados) http://ibahia.globo.com/irado

Publicado em 01/05/2001

Dessa pouca gente sabia: o canionismo surgiu no início do século, junto com uma ciência chamada espeleologia (estudo e exploração das cavidades naturais do solo, como grutas e cavernas). Seu fundador, o explorador francês e hidrogeólogo, Edouard Martel, foi incubido pelo governo francês de explorar canions, cavernas e gargantas rochosas nos Pirineus - cadeia de montanhas situada na fronteira entre a França e a Espanha. Para realizar sua tarefa, Martel teve que desenvolver várias técnicas usadas no canionismo.

Como esporte, separado da espeleologia, o canionismo tem cerca de 30 anos. De acordo com Carlos Zaith, um dos mais experientes canionistas do Brasil e grande pesquisador do assunto, o canionismo esportivo desenvolveu-se na França e na Espanha, em contato com os esportes de águas-brancas, como canoagem e rafting e com as modernas técnicas de exploração vertical. No Brasil, os pioneiros foram os espeleólogos do grupo H2Omem, no início dos anos 90, que catalogaram mais de duas mil cachoeiras em 12 estados durante dez anos de atividades.

Olha a diferença

Humberto Filho, 34 anos, coordenador da equipe Bahiaventura de esportes radicais, afirma que a imagem do canionismo no país está muito associada ao rapel em cachoeiras, ou "cascading". Ele ressalta que o rappel é apenas uma das técnicas usadas no esporte. O canionista precisa dominar várias outras técnicas, a exemplo da escalada, nado, mergulho, trekking e a descida em tobogãs naturais.

Humbertoe destaca o caráter explorativo e o risco inerentes à prática do canionismo e alerta para o perigo de acidentes, geralmente associado a dois fatores: inexperiência e inundações. Para percorrer um canion, diz, "é preciso calcular a topografia, ter bom senso de orientação e estar acompanhado por um guia experiente". Segundo ele, é preciso ter muito cuidado para para não fazer um caminho sem volta, como as descidas por paredes rochosas sempre molhadas, que não poderão ser escaladas depois. Nestes casos, um erro de cálculo pode ser fatal.

Quanto às inundações, conhecidas na Chapada como trombas d'água, é fundamental conhecer o regime de chuvas da região e o regime de cheias dos rios escolhidos. Além de cuidados essenciais com o posicionamento do grupo no canion durante a exploração, e com os pontos escolhidos para levantar acampamento, que devem estar a uma distância e altitude seguras do leito do rio. Outro ponto fundamental a ser observado a todo instante quando se está num canion, afirma o esportista, são as vias de escape, as alternativas para uma saída rápida se algo der errado.

Afora os riscos, o canionismo, quando realizado com responsabilidade e segurança, se configura em uma prática divertida e emocionante que vem atraindo inúmeros adeptos na Bahia. De acordo com Humberto, o perfil do praticante de canionismo no estado é de profissionais liberais entre 30 e 40 anos de idade, e a maioria é formada por mulheres. Ele diz que os melhores locais para a prática do canionismo na Bahia estão na Chapada Diamantina, especialmente em áreas inexploradas da Chapada norte e da Chapada sul, próximo a localidades como Iramaia e Ibiquara.


Trabalho em equipe

O trabalho em equipe é um dos fundamentos do canionismo. A ajuda mútua é absolutamente necessária para ajudar a transpor obstáculos e para garantir a segurança durante descidas ou escaladas. Segundo Humberto Filho, o esporte nunca deve ser praticado por um grupo menor que três pessoas nem maior que oito. Para ele, o número ideal de integrantes situa-se entre 3 e 6 canionistas. Humberto afirma que um número menor de praticantes reduz a segurança do canionismo, e um número maior, além de aumentar o impacto ambiental, compromete o prazer do esporte. Ele explica que muitas vezes, enquanto o primeiro do grupo está começando uma escalada, os outros estão esperando a vez dentro do rio, imersos em água muito fria, o que pode ser desconfortável se a espera for longa.

Como praticar

O equipamento do canionista custa entre R$500 e R$1mil. É indispensável usar uma roupa de mergulho, para enfrentar o frio e a água, capacete para proteção, calçados resistentes à água, luvas, e material para rappel e escalada vertical, como cordas, cinto cadeirinha e mosquetões.

Em Salvador, a Bahiaventura oferece um curso básico seguindo padrões da Associação Brasileira de Canionismo. O curso tem duração mínima de 20h e é ministrado durante quatro dias. São dois dias de aulas teóricas, na sede da Bahiaventura. A parte prática é ministrada pela a equipe dura dois dias, em um pequeno canion próximo à cidade de Santo Amaro da Purificação. O curso custa R$250. Para entrar em contato com a Bahiaventura ligue para (71) 33634975 ou mande um e-mail para bahiaventura@terra.com.br.


Fotos desta matéria: Humberto Filho

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Arvorismo Bicho Preguiça

Surgiu como arborismo, virou moda, hoje é conhecido como arvorismo.
O Arvorismo Bicho Preguiça é uma proposta inovadora que pretende promover ecoturismo e turismo de aventura dentro de um dos mais importantes ecossistemas do país, a mata atlântica. Lá temos um autêntico circuito de arvorismo, feito em árvores sem danificá-las.
Trata-se de uma experiência maravilhosa, pois o cliente tem a real sensação de andar pela copa das árvores.
Isso é a essência do turismo de aventura, que hoje em dia está tão difícil manter. Experiências inusitadas, ricas em emoções, que interagem com a natureza, estão perdendo espaço para pacotes puramente comerciais repletos de elementos artificiais que pouco tem a ver com preservação.
Nada contra os circuitos de postismos que simulam aventuras reais, eles são muito mais lucrativos e sem dúvida alguma mais fáceis de operar e menores são os riscos envolvidos.
A montagem de um circuito dentro da floresta desperta no turista uma emoção diferente, transmite sensações especiais que os circuitos feitos em postes não consegue transmitir.
É preciso valorizar as atividades que proporcionam autênticas experiências. Como segmento do ecoturismo, o turismo de aventura fica melhor se realizado na natureza, interagindo com ela, e servindo como ferramenta para preservação e sustentabilidade.
Somos adeptos do turismo de aventura original, seja descendo descendo cânions, rapelando em cachoeiras, trilhando montanhas e matas. Assim vamos vivendo, vida longa para quem curte aventura!


Festival de Verão










Festival de Verão
lançamento do
Orbit Ball na Bahia

Foi um evento especial, o espaço ficava sempre lotado, a cada intervalo de banda, era uma loucura de gente, nossos monitores trabalharam duro para rolar aquela multidão.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Ibicoara


Ibicoara, um dos mais aprazíveis destinos turísticos do estado da Bahia. Lá encontramos além de lindas paisagens, natureza preservada e muitas cachoeiras, gente boa, divertida e hospitaleira.
Vale a pena visitar!!

Gavião salvo, por enquanto


Este simpático gavião vive a poucos metros de minha janela. É comum ouvi-lo nos seus momentos de vôo pela mata em frente ao meu prédio. Nesta árvore sempre podemos observar o casal. Recentemente acordei com um forte barulho de machado, havia um homem cortando toda a mata e já estava próximo de derrubar a árvore onde ficam sempre os dois gaviões. Ligamos para todas as instituições possíveis, tentamos sem sucesso recorrer a alguma entidade(CRA, IBAMA, SUCOM, Polícia Ambiental, etc.). O último recurso foi ir pessoalmente falar com o agressor e orientá-lo sobre o crime que estava cometendo. Até hoje não conseguimos saber a mando de quem aquele homem estava trabalhando. O importante é que eles ainda estão lá.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Tamanduá Mirim


Existe um ditado que diz: Deus ajuda quem cedo madruga.
Eram 5 horas da manhã na floresta Camurujipe, maior fragmento de mata atlântica do Litoral Norte do estado da Bahia, com 2 mil hectares de mata preservada. Sai com minha máquina fotográfica e o garoto Rafael, filho de Anísio, um bom amigo, vaqueiro da Fazenda Praia do Forte . Andamos pela mata fotografando pássaros e registrando o amanhecer naquela região. De repente ouvimos um barulho e avistamos o rabo sumindo na mata. Corremos numa direção paralela ao pequeno fujão, preocupados em não assustá-lo, mas também com medo de perder aquele flagrante. Acontece que nosso amigo preferiu parar e posar para as fotografias, neste momento tudo foi perfeito, o que é muito dificil quando se trata de fotografia de fauna silvestre. A luz estava ótima, o tamanduá mirim ficou parado, tranquilo e eu, numa distância segura e confortável para ambas as partes. O resultado foi esse, um brilhante e agradável momento de harmonia e beleza natural.

Balonismo

Essa aventura foi uma solicitação da ESPN, fomos contratados para acompanhar a produção do programa Triz com a repórter Adriana Saldanha. Cultura , esportes, história e paisagens formaram um dos melhores especiais de TV que já tivemos a oportunidade de assistir sobre a Chapada Diamantina.
A nossa equipe ficou responsável pela apresentação do município Ibicoara através do esporte Canionismo. Em Lençóis fizemos uma participação muito legal com a decolagem de balão do centro da cidade, em seguida sobrevoamos a cidade e eu pendurado num rapel inusitado.
O ponto alto da aventura ocorreu por causa da mudança dos ventos e a nossa programação que indicava ventos calmos numa direção tranqüila, pontos de pousos seguros, acabou por nos levar em direção a gruta do Lapão. Tivemos um pouso turbulento e cheio de pancadas nas pedras, foi uma aventura marcante pois pela primeira vez tive que pular de um balão em movimento, fazer a ancoragem e finalmente parar o balão. Assim conseguimos mantê-lo cativo até a chegada do resgate.


Ensaio Itália



Canionismo
















Um esporte que envolve
diversas técnicas e modalidades esportivas. Essas fotografias mostram diversos cânions e técnicas: Mondelli- técnica Tobogan(Itália), Mãe D'água em Santo Amaro- técnica Salto(BA), Licuri em Ibicoara(BA), técnica Rapel.